Hoje sonhei que eu era uma pessoa medíocre, que acreditava em milagres, mas não via que precisava de um e não tinha.
Acreditava em revelação divina, mas não via que não me era revelado que eu estava sendo enganado por gente que se aproveitava de minha fé tola para lucra.
Alimentar as crenças e superstições é fácil. Pois, são as superstições que levam as pessoas a um estado de miséria e problemas. A religião promete cura para os males que ela mesma inventou.
Vencer é questão de conhecimento, esforço, ação. Mas fomos condicionados a crer que forças invisíveis governam o mundo, e se opõem não nos deixando vencer: se Deus não aprovar não venceremos; se estivermos em pecado o diabo se oporá e não venceremos. Estas crenças são correntes que nos prendem, imobilizam. Autoalimentando a ilusão da força invisível.
Não conseguimos enxergar qual o tamanho de nossa força. Não conseguimos medir qual é realmente o nosso limite.
Antes de qualquer milagre físico, Deus deveria nos libertar das amarras e cadeias da religião e das mentiras religiosas.
Meus problemas estão todos no plano imaterial das crenças. É contra elas que preciso lutar para vencer.
Eu poderia encontrar soluções para todos os meus problemas, mas primeiro preciso me livrar das crenças imobilizadoras.
A fé que um ser superior fará tudo dar certo dá ao crente forças para lutar por um propósito. Se eu acredito que não haverá obstáculo que não possa transpor, com a ajuda de um ser supremo, serei capaz de realizar qualquer coisa. Os obstáculos serão vistos como desafios postos por Deus para testar minha fé nele.
O que move o mundo é o poder. O poder é inerente à influência de uma pessoa sobre a outra. Todos exercem poder sobre todos. O poder tem ferramentas: dinheiro, necessidade, promessa, ameaça, conforto, dor, crenças, engano, esperança...
O dinheiro é capaz de convencer as pessoas a fazerem até as coisas mais imorais e criminosas. Todos têm seu preço.
Fugimos do desconforto e buscamos o prazer. Mas a religião dissemina a confusão atribuindo valores aos dois “prazer é errado”, “dor é certo”. Criando a crença de que devemos fugir do prazer e aceitar a dor. E quando a dor vem a religião promete que nos livrará dela, por meio da aprovação divina ou social. Por isso a religião cria uma comunidade de pessoas que comungam a mesma fé. E chegamos ao ponto de confusão tão grande, que não sabemos mais o que é prazer, e o que é dor. Misturamos e trocamos livremente um pelo outro. Sentimos prazer em causar dor, sentimos dor em causar prazer.
O discurso religioso que dá resultado é o que hasteia a bandeira da fé. Com fé, a pessoas vence tudo.
Meu texto está absurdamente mal escrito. Confuso. Redundante, imaturo. Beirando teoria da conspiração. Cheio de figuras de linguagem fantasiosas “A religião faz...”. Mas está permeado de revelações e compreensões profundas.
Passei muito tempo me alimentando de tolices e mediocridades. Deixando o ódio me envenenar. Preciso me libertar da auto piedade, da dependência emocional, da insegurança, dos medos, das superstições, dos intimismos, do pessimismo. Preciso aprender a organizar os pensamentos, enxugar as falas, melhorar os argumentos. Tornar sóbrio meu discurso. Perguntar a mim: Em que vou crer? quais são minhas metas e objetivos? O que me prejudica? O que me favorece? O que é o “certo” ou o “errado” para mim? Por que tenho uma necessidade tão grande de ajudar aos outros, quando não consigo ajudar nem a mim mesmo?
Já tenho as respostas, mas só não consigo pô-las em prática.
Fico fazendo uma infinita auto análise. Compreendendo tudo mas não levando para prática, não agindo.
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